O Grinch

Ana Maria Braga hoje sorteou uma daquelas cartinhas dos Correios, de um garoto de 7 anos que queria ganhar um boneco do Louro José.
Obviamente, sua produção global pensou em um surpresa muito maior, mas o pessoal que "comanda" a favela onde a família mora não permitiu a entrada da equipe.
O jeito foi trazer o menino até o estúdio.
Caramba! esse garoto deve ser louco mesmo pelo Louro José.
Graciiinha! tímido, travado. As pernas não obedeciam, não respondia nada-com-nada do que a Ana Maria perguntava. Os olhos, arregalados, vidrados no louro.
Beijou com gosto o louro 'de verdade', acariciava e sorria para o boneco que acabara de ganhar.
(E o papai noel ainda vai providenciar material escolar do louro josé e um dente da frente pra mãe, envergonhada de aparecer na tv, assim, banguela. - Jingle bells, minha gente!)

Delícia de espírito de natal, válido pra qualquer época do ano, na verdade.

Porque o natal, muitas vezes, não passa de um belo feriado emendado! E só.
A gente não vai sentir solidariedade, vontade de abraçar, de presentear, e etc...com data marcada.
Vou te dar um presente se eu tô com tanta vontade de apertar suas bochechas que ... ai, tenho que te comprar alguma coisa.
Ou, se o papai noel ou o coelhinho passarem lá em casa e te deixarem uma encomenda. ( sabe que, as vezes, acontece, né?)
Obrigatoriedade social, de qualquer coisa, bodeia.

Todo dia que alguém sentir o que o menino sentiu quando viu o louro, é Natal. Não é?
Esse feriado do 'vermelho, branco e laçarotes' é pra quem acredita em papai noel.
Admiro quem sustenta a fantasia na vida adulta, mas esse natal aí me exaspera - filas, shoppings cheios e amigo-secreto (não deu pra fugir do mico esse ano, né amiiiigas? MICO) - sempre sou uma barata-tonta indecisa com uma listinha de "presenteáveis" pelos corredores dos shoppings.
É mau humor na certa. GRINCH.

Agora...
O dia que eu tiver filhos, pode queimar tudo isso que eu escrevi e me chamar de:
Rudolf, a rena!