ah... posso chamar de 'liberdade poética' continuar usando o português que eu aprendi na escola? tenho apego com alguns hífens e acentos. :)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

due?

Tem duas coisas que eu levo em conta pra escolher um carro. Nada de potência, cavalos e outros desempenhos. Eu vou é pela cara e pelo preço.
Muito mais pela cara. Por isso o Uno sempre esteve fora de questão. Aliás eu sempre achei injusto que o carro mais barato do mercado fosse justamente o mais feio. Se as montadoras já tem as 'fôrmas' pra fazer carros bonitos, porque manter - versão após versão - aquele desenho horrendo pro uno?
Eis que surge o Novo Uno, e eu quase não acredito no quão descolado ele ficou! Fofo, um design que eu acho, sei lá, meio lúdico, suuuuper-tendência (sotaque paulista) na linha do overpriced Cinquecento
E aí sim o mundo começava a fazer sentido: Finalmente o quadradoso (velho) Uno sairia de cena dando lugar ao curvilíneo Novo Uno e nós, os pobres porém estetas, poderíamos circular por aí com um carro gracinha, dentro das nossas posses ;)
Bom, pelo menos é isso que , lógica e racionalmente, eu inferi do adjetivo 'novo' antes do nome do Uno-véi-de-guerra.
Ah.. mas quem disse que os marketeiros da Fiat estão preocupados com a lógica e a racionalidade? O NovoUno não tem nada a ver com o velho Uno ( que não, não vai sair de linha - why?) e seu preço começa perto dos 30 mil, pelado. Ou seja, ele é mais da turma do Palio, quase do Punto (Y).
Agora eu pergunto: Precisava, Fiat? Precisava me encher de esperanças? Não tinha outro nome pra escolher?
Como diria uma amiga sumida dos tempos do colégio: ( simulando balançar o gelo de um copo de whisky e parafraseando o Chico) " meu coração é um pote até aqui de mágoa..."