ah... posso chamar de 'liberdade poética' continuar usando o português que eu aprendi na escola? tenho apego com alguns hífens e acentos. :)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Epifania*

O amigo-inteligente-das-tattoos-increíbles** tem uma que diz que a beleza está nos olhos de quem vê.
Na verdade: Beauty is in the eye of the beholder.
Morri.
(Afora achar 'beholder' uma palavra com uma bossa assim meio shakesperiana, a frase é ótchema!)

E daí que eu me peguei pensando esses dias (férias do divã, people. sabe como é...) quanta beleza eu estava deixando entrar na minha vida, que espécie de 'beholder' eu seria.
Daqueles que, as vezes, a deixam escapar, por rabugice, distração ou preguiça.
Mas também dos que a vêem onde quase ninguém percebe. E não têm medo de bicho geográfico pelo caminho. ( eu sou orgulhosa das minhas aventuras pelo mundo das feiúras-presumidas)
Só que, se tudo depende da nossa predisposição em entender a estética- ou a magia- do que se apresenta diante de nós, deixar de olhar com olhos, pelo menos, curiosos é desperdício de vida e de mundo, não é?

A AmeliePoulain dos amigos-inteligentes - ela que, na melhor das descrições é uma personagem de filme francês, tão incrível que a gente sabe que não existe. né, Giacca? - é uma querida que vive achando tudo e todo mundo lindo. Nunca vi ver tanta beleza!
Foi com a convivência mais próxima que eu comecei a me cobrar essa 'doçura no olhar'. Me impus a tarefa-terapêutica de viajar melhor, conviver melhor, usufruir melhor.
Ainda tenho um longo caminho...que a rabugice é uma coisa entranhada na pessoa, sabe?
(quem não conhece o meu mau humor dos infernos? os irritos? a intolerância-monstro? coisa meiga...)

Ah, esse pessoal... such an inspiration, não é mesmo?

Essa conversa, e o sol de rachar lá fora, me fizeram pensar numa outra coisa ( recorrente nesse blog, rs...):
Eu quero ver o mar. Agora.
O mar zera nossas retinas. E fica tudo lindo.

* do Houaiss: ... -3 manifestação ou percepção da natureza ou do significado essencial de uma coisa. -3.1 apreensão intuitiva da realidade por meio de algo geralmente simples e inesperado (como um lugar-comum ou uma pessoa vulgar)

** pra quem gosta de tatuagens que dizem coisas, dá quase pra desistir de se tatuar. Ele já fez as melhores.

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