ah... posso chamar de 'liberdade poética' continuar usando o português que eu aprendi na escola? tenho apego com alguns hífens e acentos. :)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

o mundo de covinhas

Nesse final de semana eu conheci umas crianças, daquelas que fazem a gente acreditar que ter filho não é assim uma empreitada tão absurda.
Umas mini pessoinhas, que cumprimentam estranhos com abraços e sorriem revelando covinhas de esmagar qualquer coração. (só me falta gostarem de brócolis!)
Eu sempre dou um jeito de perguntar pra mãe qual é a receita. Essa me disse: - Não tem segredo, é treinamento.
( a mulher é uma fofa, ídola, serena e tem toda a razão. Aliás, eu acho que esses filhos dela, com essas covinhas, vão dominar o mundo!)
Tudo bem que tem que ser um ser superior, muito zen, paciencia-de-jó mesmo, pra manter a consistência desse treinamento no dia a dia, quando o bicho pega. ( né? )
Mas não tem muita saída, o que a gente ouve e vê repetidamente na infância, vai ser a base do que a gente é, adulto. Por isso eu fico tão encantada quando vejo uma criança sendo bem criada, com cuidado ( acho que é menos comum do que deveria) Eu não conseguia tirar os olhos ( mãe das covinhas: ídola!)

Das coisas que eu passei a vida ouvindo, uma das que mais modelou o meu cerebrinho de criança foi uma teoria sobre identificarmos no outro apenas ( ou principalmente ) o que temos em nós, mesmo que inconscientemente.
A idéia é: quando vc aponta um defeito em alguém, tem 3 dedos apontando de volta pra vc.
ó, que gracinha:
Pode ser um exercício chato, porque não é legal admitir nossos defeitos, mas é interessante perceber que aquilo que nos incomoda ou chama nossa atençao, tem uma razão para tal. Não estou dizendo que eu consiga sempre. Na verdade, quase nunca.
O que eu fiz, foi expandir essa teoria para o modo como eu vejo o mundo, ou como eu quero que ele seja. O meu mundo TEM que ser mais ou menos parecido comigo.
É obvio que ele tem coisas ruins, mas se eu focar minhas atenções para o mundo-cão, eu sinto que isso vai me afetar de alguma maneira ( até 3 vezes mais, são 3 dedos de volta pra mim, não são? rs..)

4 comentários:

  1. meliss, que coisa mais fofaaaaaaa!

    e pensando pela sua teoria da identificacao, da pra entender porque é que vc prestou atençao nas covinhas e na amorosidade das criancinhas.

    (será que as covinhas deles também são marca de fórceps? hehehehehe)

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  2. Melissa, essas quatro covinhas são mini pessoinhas muito especiais que ganhamos de presente. Cuidamos delas com muitas tentativas, poucas certezas, muitos erros, muitas desculpas, muitos beijos. Obrigada pelo carinho. São crianças e palavras assim que vão salvar o mundo.
    p.s.: O “doutor covinha” gosta de brócolis, mas a “dona covinha” só come salada se a sobremesa estiver na negociação (rs)
    Ia, obrigada por nos encaminhar...
    Bjos!!

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  3. Melissa
    As covinhas da família ( mãe e mini pessoinhas ) são herança do avô ( hoje já consideradas rugas ).
    Quanto ao resto, principalmente educação, é parte da herança genética e exemplo da incansável "super-avó", minha esposa, mulher, amiga e companheira desde 1958.
    Sua linda mensagem tornou-me, ainda mais, um avô orgulhoso e envaidecido.
    Abraços.

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  4. Ah gente.. desse jeito eu choro!
    Bem que a Sil falou: "e´ parte da tradicao da familia. eles esmagam coracoes ha geracoes"

    que gente foooofa! amei.

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