ah... posso chamar de 'liberdade poética' continuar usando o português que eu aprendi na escola? tenho apego com alguns hífens e acentos. :)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

As mudanças nos vestibulares, Enem e afins, pouquíssimo me interessam. Pelo menos, pelos próximos 20 anos, até que eu tenha filhos com idade pra esse drama.
Mas, ao dar de cara com a Vera na TV Estadão, não resisti.
Quem não estudou no Objetivo ( Mogi, talvez no da Paulista e da Luis Góes também ) não vai entender: a Vera era fudidona, coordenadora, mas ainda dava aula pros desesperados do 3ºano e cursinho. Ainda bem, porque é um talento, a fofa. Era daquelas professoras marcantes de cursinho, que têm um ritmo quase cômico na voz, colocando ênfase em algumas sílabas, variando o volume da voz, estratégico pra ficar gravado nas nossas estafadas memórias vestibulandas.
Ensinava geopolítica, uma matéria cujo foco muda muito, de acordo com o que acontece no mundo ( já não bastavam as apostilas, tinha ainda que ler jornaal! Jesus!)
Fiquei com saudade, dei play no vídeo, com a esperança de ouví-la falar do gaBÃO! paquisTÃÃO! sri-lÃÃÃNka!
Ai que delícia! (a partir do 1:12min)
Ai que saudade do tempo em que alguém, com a maior autoridade no assunto, me dizia o que fazer, pra onde olhar.
Que saudade de ter receitas e fórmulas para alcançar as coisas, assim pá-pum, estudou-passou.

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P.S.: Tô enlouquecendo no site do Objetivo!
tem vídeos com aulas de vááários professores da época. O Marcelo, aquele de Biologia, cheio de graça, que fazia musiquinhas ( "enzima é que é proteína de verdaa-de, reação aumenta de velocidaa-de" no ritmo de "Amélia" ) SENSACIONAL.

7 comentários:

  1. eu tambem quero alguem me ensinando como o mundo funcionaaaaaaa...

    adolescencia é que era a vida de verdaa-de!
    pra adulto o mundo não tem piedaa-de!

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  2. não conheci a Vera no colégio, mas ela é mae de uma colega minha da Poli. alias, inteligencia é seguramente genética, considerando o exemplo. a minha colega entrou com 16 anos na Poli e nunca se reprovou em nenhuma matéria. ironicamente, ela nao fez cursinho e nunca precisou.
    minha lembrança da Vera é de uma pessoa extremamente atenciosa, querida com todos, q preparava festas deliciosas pra suas filhas, cheias de comida e de gente interessante. lembro até do dia em q estávamos deitados no chão da sala, numa das festas, apos nos refastelarmos de comida e rolou um corre-corre pra levar a empregada delas a maternidade pra dar a luz a uma menina apressada.
    a Vere é uma pessoa que realmente fica na memoria, mesmo de quem nao foi aluno.
    ah, a filha dela tambem (a irma da minha colega)... pensei...

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  3. sem contar que a Vera é a única pessoa que dorme à beira do Nilo e não acorda encharcada

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  4. Ela foi minha professora também. Ficava impressionada quando dizia que já havia lido TODOS os jornais antes do trabalho, e acho que lia todos mesmo. Ela, além de ter sido minha prefossora, também morava no bairro. Excelente pessoa.

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  5. eu não conheci a vera, não fiz cursinho, não entrei na poli, não sou mega inteligente, não durmo na beira do nilo, não leio todos os jornais, não fui professora de ninguém, nem sou excelente pessoa.
    mas gosto de preparar festas. e aí? voces vem?

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  6. Quer me matar, é??? Tô numa nostalgia só...saudades de copiar SUA apostila e rir das asneiras que a gente falava! (eu odiava ver que eu boiava e vc já tinha preenchido todas as respostas quietinha!)Se eu procurar bem ainda encontro algumas com capas assinadas - atestados de modernidade certa! Não precisava ficar por aí postando nada, trabalhando (argh!) - tudo o que precisávamos tava lá: na capa da milimetricamente rabiscada apostila!

    E pra chorar de vez:
    "O tegumento não negas mulata, tú tens melanina na cor! e no calor, transpiras mulata, que é pra liberar caloooooor"

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