ah... posso chamar de 'liberdade poética' continuar usando o português que eu aprendi na escola? tenho apego com alguns hífens e acentos. :)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

receita anti dedo podre?

Todo mundo tem seus padrõezinhos de comportamento. Maneiras de criar a alegria e o drama nosso de cada dia.
Um auto-boicotezinho aqui, uma má escolha recorrente acolá. Um dedo-podre mais capaz de detectar um 'bom' canalha do que os radares da FAB...
Um insight sobre esses padrões, pode custar aaaanos de divã e nem sempre (quase nunca) é garantia de solução. (pelo menos não de uma receita pronta..essas coisas dão uma trabalheira!)
Mas o mais forte é aquele que conhece suas fraquezas. Não tenho pretensões de estar sempre certa e chega a ser reconfortante o fato de conseguir identificar quando estou agindo de acordo com o meu lado mais idiota. ( e como a Sil já disse algumas vezes: o idiota é como a História: se repete, repete, repete...)

Dedo podre é comigo merrmo. Apontou, é traste! Benzadeus, viu?
Vivo repetindo: "Me vê uma faquinha, por favor! pra cortar fora este meu dedo podre, que não me serve pra nada!" Tamanho é o faro pra encrenca desse meu 'lado idiota'.
(Olha que se cortar fora adiantasse mesmo, acho que dava até pra considerar a opção. rs...)
Mas, enquanto a faca não se apresenta como a única e derradeira solução garantida, insight vai, insight vem, fui chegando mais fundo na questão: Esse dedo podre tem Daddy issues written all over it! *
Eu sei que tem gente que acha arrogante definir conceitos com termos em inglês, até busquei Google afora, mas nossa língua não tem mesmo um termo equivalente. Sorry.
Na definição mais literal, Daddy issues seriam os padrões de comportamento gerados por uma relação pouco (ou zero) satisfatória da garota com a figura paterna. O que a levaria, na vida adulta, a buscar compensar esse vazio na auto estima nos relacionamentos amorosos. love me-love me-love me!
Cagada na certa.

Apesar de Freud já ter alertado, eu sempre me surpreendo com o poder do pai e da mãe sobre os adultos que nos tornamos. Bela bomba criar um filho psicologicamente Ok, né? que medo.
No passeio pelo Google, achei um blog ( mais um pra seguir...) com um post incrível sobre D.I.
A moça, deliciosamente irônica, diz: "Papais, se vcs rejeitarem suas filhas, elas se tornarão capachos carentes ou piranhas auto destrutivas"
Ô-ow.
Mas propõe uma solução muito criativa pras mocinhas ( e mocinhos, porque não?) com vestígio de carência ou necessidade de aprovação, afirmação ou elogio: Um 1-800-MY-DADDY (sensacional!) Um serviço que ofereceria uma variedade de vozes de pais, e o pai escolhido te elogiaria por até 5 minutos. Assim, sempre que sentisse o impulso de ligar pr'aquele canalha que já se provou incapaz de intimidade, fidelidade, etc.... O nice daddy dirá que vc é um gênio e , mesmo assim tão magriiinha, vc é tão linda que poderia ser Miss America! ( vale a pena ler o post todo, é ótimo. aqui)

Eu conheço bastante gente que ia querer o plano mensal. Eu, inclusive. Porque reforço na auto estima nunca é demais.

* Veja bem, eu não sou psicologa, embora viva cerdade de. Essa é apenas mais uma das minhas viagens analíticas. Mas eu boto-uma-fé: make sense, gentê!
Nas minhas pesquisas, descobri que até a Guerra do Iraque se atribui aos daddy issues do Bush, de querer ser um líder como o George-pai, que lutou na guerra e tals. E no cinema tb, vááárias alusões ao D.I.

We are only humans. Tudo que a gente quer é ser amado e reconhecido, no final das contas. Não é?

2 comentários:

  1. killer post! vai ganhar título honoris saber de psicologia.

    eu quero plano mensal do 1-800...

    love me love me love me

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  2. Adorei a idéia!!! No fim das contas...

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